domingo, 26 de outubro de 2008

Sem Titulo

`Bill ligou novamente mas eu decide que não quero que ele me amole mais, não atendi o telefone. Não liguei de volta e ele não ligou tambem. Perfeito, me livrei de um chato sem ter que explicar ou fazer uma cena.

Comecei a trabalhar novamente depois de ficar desempregada por 6 meses. Procurei trabalho na minha área mas foi em vão. De quase 30 curriculums que eu mandei pelo internet para várias companhias, só uma me ligou marcando uma entrevista. Até 2006, eu provavelmente teria recebido pelo menos 29 telefonemas para entrevistas, mas parece que dessa vez a situação esta realmente preta.
Eu nem cheguei a ir na entrevista, porque foi num dia em que o palhaço do ex resolveu infernizar minha noite, ligando entre meia noite e 3 da manhã (acho que mencionei aqui em Depois da Tempestade ) não me deixando dormir. Dormi no máximo uma hora; acordei tremendo e com olheiras parecendo uma alcolatra precisando de uma pinga, achei que não seria uma boa idéia deixar essa impressão numa entrevista para emprego num hotel 5 estrelas em Palm Beach.
Acho que Deus achou que esse não era um bom emprego para mim, apesar do salário ser em volta de 100 mil por ano ( uns 1500 por semana já discontado imposto de renda)!!!!
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Tudo bem.... Ai está mais uma prova de como um ex pode interferir na sua vida e sempre para pior. Mais uma linha na minha lista de pros e contras.
Enfim meu novo emprego e profissão, são uma solução temporaria para esse tempo de crise economica nos USA. É uma empresa grande e considerada uma das melhores para se trabalhar nos EUA ( a quinta numa lista de 100), bons benefícios, salário acima da média, que no meu caso é suficiente para sobreviver esses tempos ruins.
Estou em treinamento por duas semanas em diferentes cidades (Fort Lauderdale, Boca Raton). Viajar diáriamente é chato, mas estou conhecendo gente nova e divertida, enfim estou bem.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Dondoca


G continua trabalhando na costa oeste da Florida. Ele tem ficado lá inclusive nos fins de semana, com excessão desse fim de semana que passou, porque ele estava com saudades da Dondoca e da “filha dele”.
A Dondoca vai ficar em prisão domiciliar por 4 meses (posse de heroina) e acredito que a pena vai entrar em vigor na próxima semana. G está muito infeliz, porque significa que ele vai poder vê-la só na casa e na compania dos pais dela.
Ele me ligou na sexta-feira passado lá pelas 5 da tarde. dizendo que estava vindo para casa, e que gostaria que a Dondoca passasse a noite aqui em casa. Eu disse, lógicamente Não!!! Não comigo na mesma casa.
Lá pelas 9 da noite ele liga da casa dos pais dela, dizendo que ia vir para cá com ela, ( eu estava falando no telefone com uma amiga no Brasil). Eu disse que isso era um pouco demais. Que ele esperasse até sábado, que eu iria para a casa da A e os dois pombinhos podiam ter a casa para eles. Ele concordou e naquela noite foram para um hotel.
Enquanto isso o Bill havia ligado e queria ir almoçar fora comigo no Sábado. Eu a principio concordei (o G havia dito para mim ir, afinal ia ser um almoço de graça), mas depois, pensando comigo mesma, que se eu na verdade estava tentando me livrar do Bill, e não fazia o menor sentido incentiva-lo indo almoçar com ele. Liguei para ele, disse que não poderia ir porque tinha que ir buscar amigos no Aeroporto que estavam voltando de Washington naquele Sábado (e o pior é que era verdade, só que eles chegariam as 7 da noite). Ele, depois de 2 horas choramingando, aceitou a desculpa, mas disse que não ia esquecer e que eu ficava devendo uma saida para almoçar com ele (aqui se chama Rain Check).

No sábado acordei, e logo o telefone tocou com o G dizendo que vinha me buscar para nós todos (G, Dondoca e Baby) irmos tomar café da manhã no Golden Corral. Aceitei o convite, afinal comida de graça sempre vai bem e eu de qualquer forma queria conhecer a “filha dele”.
Eles chegaram, e eu com minha boa educação somada a pena que eu tenho pela Dondoca (já mencionei aqui que ela agora com 23 anos de idade, continua com uma atitude de uma criança de 10 anos de idade, não é maldade é a pura verdade), recebi ela com um abraço e um beijo. Corri para ver a baby, que é bonitinha, mas muito menor do que o normal para um baby de 3 semanas.
A Dondoca no momento em que me vê, fica super insegura e começa a fazer caras e bocas, quase um tique nervoso e mexer no cabelo (enrolando mechas) de uma maneira incontrolavel. Eu me sinto, de certa forma poderosa por criar essa insegurança nela (Graças a Deus não é o oposto), mas não tiro vantagem disso. Trato ela como uma criança, com muita paciência e escutando ela falar sem parar. Não, não é exagero, ela fala sem parar. No carro, chega ao ponto de eu e o G conversarmos enquanto ela continua falando, como uma criança agitada.
Eu trabalhei com uma mulher assim, e eu costumava dizer a ela : - Não pare, continue falando, eu vou até o banheiro e já volto.
As vezes tenho vontade de tirar sarro da Dondoca dizendo isso a ela, mas sei que o G me estrangularia ( ele detesta o meu sarcasmo).
Ela entrou para trocar a fralda, e dar de mamar. Eu fiquei lá fora conversando com o G. Lá de fora eu ouvia a Dondoca falando sem parar, com o nene ou com ela mesma, sei lá. Alias, ela fala com ela mesma e o G acha engraçado e normal?!?!!!!
Ele pediu desculpas pelo telefonema da noite anterior, e disse que os pais dela tambem não se sentem bem com eles dormindo juntos na casa deles.
Lógico, ele tem que decidir o que ele quer fazer da vida. Ele tem que arrumar um apartamento para eles viverem como um casal de verdade com uma criança.

Bom, fomos para o Golden Corral. Eu e o G sentamos lado a lado, ela e o bebe do lado oposto da mesa. Comemos, ela falando sem parar, o G tentava mudar de assunto perguntando do meu novo emprego, mas foi uma tentativa em vão porque ela voltava a conversa para ela e sobre ela, o que não me preocupou de maneira nenhuma porque eu e o G conversamos tanto por telefone que já não tinhamos mais assunto.
Antes de sairmos do restaurante ela foi trocar a fralda de novo, o G me forçou a ir ajuda-la.
O G havia dito que a criança é muito calma, o que para mim é uma surpresa devido a agitação da Dondoca, que naturalmente passaria essa agitação quase histérica para o nene. Ele disse que não, que os únicos momentos em que ela chora, é trocando a fralda e mamando.
No banheiro do restaurante, ela começou a trocar a fralda e aos gritos ela repetia sem parar algo assim:
- You are my ted bear, You are my ted bear, You are my ted bear, my ted bear……. (voce é meu urso de pelucia ) – A coisa mais irritante do mundo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! E alto!!!!!! A criança que até então estava dormindo e calma, acordou e abriu o maior berreiro.
Eu, não sabia se dava um soco nela para ela parar com a “cantoria ou melhor gritaria” , ou se eu tentava acalmar a criança. Foram uns 10 minutos de pesadelo. Sai do banheiro quase correndo e toda tremendo com a agitação.
Entramos no carro com ela repetindo aquela frase e a criança continuando com o berreiro. A esse ponto a cara do G, já estava transtornada e desfigurada de exaustão (Ah, como eu conheço aquela cara dele).
Eu dirigindo, o G do meu lado e ela no banco detras com o nene. Eu, botei um cd de rock, aumentei o volume, a Dondoca calou a boca e finalmente o nene se acalmou. Abaixei o volume aos poucos e fomos para casa.
Entramos em casa e ela histéricamente, repetia que tinha que trocar a fralda de novo. O G foi para a lavanderia com as fraldas (ela não usa fralda descartavel), eu fui preparar minha malinha para ir para a casa da A, e a Dondoca começou com a coisa do Ted Bear de novo. Eu não aguentei e fui para o quintal fumar um cigarro.
O G passou por mim, eu não tive que falar e falei:

- G! Faz alguma coisa! o nene chora por causa dela!!!!!! Por que que ela fica gritando no ouvido da criança daquele jeito!!!! Vai no Wallmart compra um disquinho de musica para nanar, pelo amor de Deus. A criança vai ficar surda!!!!!!!!
Ele, virou e com uma cara super aflita, disse: - EU SEI !!!!

Eu sou uma pessoa extremamente calma. Detesto gente que é muito agitada. O G apesar da personalidade bipolar, no dia a dia é calmo. Ele é gentil.
O que eu vi, é que não existia uma coisa sincera da parte dela com a criança. Como eu presenciei com amigas e familiares. Uma voz doce e carinhosa, de relação mãe e filha na hora de dar de mamar ou trocar a fralda. Era como se ela estivesse brincando com uma boneca e não era o que ela queria fazer. Super esquisito.
O G entrou. Quando eu entrei, ela estava no banheiro e o G estava vindo para a sala segurando a criança nos braços. Era uma cena linda. Uma coisa doce e calma. Eu não consegui tirar os meus olhos dele com aquela criança nos braços. Por fim eu disse a ele: - Voce sabe exatamente como e o que fazer. Ele não disse nada.
Não disse a ele o que eu vi na relação da Dondoca com o nene. Achei que ele sabia.

Fui para a casa da A. No dia seguinte liguei para ele para saber do meu gato, mas quando perguntei se estava tudo bem ele disse que não. Disse que discutiram na noite anterior e que a uma da manhã ele levou ela e o nene de volta para a casa dos pais.
Voltei no domingo a noite, ele foi embora na segunda de manhã.
Ele tem ligado todos os dias mas não tenho perguntado da Dondoca.
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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Os Amigos do Ex #2



Tem um amigo chato do G me ligando. Me liga a toda hora. Ele e' velho, casado, mas fica falando que a mulher não liga para ele. Ele disse que se eu não morasse com o G ele estaria batendo na minha porta diariamente. A primeira vez que ele falou isso para mim, eu me senti o máximo, agora me sinto uma droga que só esse velho pentelho quer.
Coitado ele não é tão velho assim, e ele está em boa forma fisica, e pelas feições, deve ter sido um cara bonito quando jovem. Mas, como falei é casado, e segundo ele a mulher tira todo o dinheiro dele. Homem pobre e casado, eu não preciso ter ao meu lado.
Ele morre de medo do G e só vinha aqui quando o G estava em casa (afinal de contas eles são amigos), até que um dia ele ligou dizendo que vinha e enquanto esperavamos o G resolveu dar uma corrida até o banco.
Ah, ai o pesadelo começou. Ele chegou, eu tive que ficar fazendo sala e ai ele se abriu dizendo que sempre teve uma grande admiração por mim, e que não aprovava o que o G tinha feito comigo. Ele ia começar a enumerar as faltas do G quando o G chegou e a coisa morreu por ai. Graças a Deus!!
A partir dai, ele começou a aparecer aqui em casa pelo menos 1 vez por mês. Quando ele chegava eu me “retirava discretamente” e deixava ele e o G sózinhos conversando.
Um dia ele chegou, e a Dondoca estava aqui com o G. Ele não se conformava de que o G estava me traindo. Eu tentei explicar para ele que eu estava pouco me lixando (lembre de que isso tudo aconteceu depois do divorcio que eu entrei com o pedido). Mas, ele não acreditou e continua não acreditando. Mas, com o G oficialmente namorando, o Bill se sentiu livre para tentar me conquistar.
A ultima novidade, é que o Bill vai na casa de um amigo e telefona de lá para minha casa (graças a Deus ele não tem meu telefone celular). Eu, que não atendo telefonema que não tem nome conhecido na Caller ID, não atendia.
Perguntei para o G se ele conhecia alguem com aquele nome e sobrenome, ele disse que não. Recebi uns 5 telefonemas daquele numero até que um dia o G estava em casa quando ele ligou, e eu gritei para o G atender e ver quem era o PALHAÇO QUE FICAVA LIGANDO PARA CÁ, dito e feito era o Bill.
Quando ele desligou eu falei para o G que estava desconfiada de que era o Bill, por que ele estava tentando me “conquistar”.
Eu e o G sempre tivemos uma relação de certa forma aberta para conversas desse tipo, e a gente sempre acaba as gargalhadas.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

O Pior Não é o Ex, O Pior São os Amigos do Ex


O primeiro telefonema que eu recebi, de um homem, logo depois de me separar do G, foi do H.
H e eu nos conhecemos no trabalho, ele muito mais novo do que eu, feio e o que é pior ele tem cara de que não toma banho. Divorciado e casou com a T, com quem ele teve dois filhos, que somados aos 3 filhos do primeiro casamento, fazem 5 filhos. Ele era o que eu considerava um bom menino, um homem que jamais passaria pela minha cabeça de ter alguma atração por ele. Um perfeito amigo homem.
Apaixonadisso pela T, e ao mesmo tempo, toda sexta-feira ele sai com os amigos para dançar, sem a T mas com o consentimento dela, e nada acontece, só dança e bate papo (isso segundo meu sobrinho que acabou fazendo amizade com ele).
Quando o G começou a trabalhar conosco, H e G ficaram amigos logo de cara (eles trabalhavam no mesmo departamento). A amizade fortaleceu com a minha relação e casamento com o G.
Um mes depois da separação fisica, o H me ligou dizendo que o G havia dado $100 dolares para ele, para cortar a grama e dar uma limpada no jardim. Eu estava tão paranóica, que disse a ele que não queria pessoas ligadas ao G na minha casa.
Uma semana se passou e um dia o H bate na minha porta. Eu abri, um pouco confusa, afinal ele era amigo dos dois, mas eu via a ele agora como um inimigo.
Ficamos na varanda conversando, ele dizendo que entendia a minha posição na separação, bla, bla, bla. Eu sem falar muito a respeito e a minha desconfiança era baseada no fato de que eu culpava o H pela atitude do G (principalmente o uso de drogas do G, que era insentivado pelo H, tudo para eles era tão engraçado).
Enfim, num ponto da conversa eu comentei que precisava mover o aparelho de exercicios para um outro quarto. Ele se ofereceu para isso e eu aceitei.
Ele entrou na casa, nós movemos o aparelho, e quando eu abaixei para pegar um dos pesos do chão, ele como todo homem idiota soltou o comentário que acabou com a nossa amizade.

H – Wow! Hum, que bumbum! – Seguido por varios sons de prazer, ele me perguntou se eu não estava sentindo falta de sexo.

Eu – Não! H?!?!?! Por favor!!!!

Ele ficou meio sem graça, mudou de assunto e logo depois foi embora.

Eu tenho essa questão na minha cabeça:
- Quem foi a mulher que se separou e chamou um amigo do marido, dizendo: - Pelo amor de Deus!!!! Eu preciso de um pinto!!!! Venha, estou desesperada!!!!!!!
Se alguem sabe quem é essa mulher, por favor me diga, me de o endereço dela, por que o cara que ela chamou, ligou para todos os homens do mundo para contar e a partir dai, eles acham que mulher divorciada fica esperando ansiosa por um amigo do ex com uma alma boa o suficiente para ajuda-la...

Bom, voltando ao H.... Passou uns dias e ele apareceu de novo.

H – Só parei para ver como voce está.

E, depois de fumar um cigarro na varanda ele atacou de novo.

H – A gente podia pegar um cinema.

Eu – Claro, ve com a T e as crianças quando eles querem ir e nós vamos.

H – Eu estava pensando em só nós dois.

Eu – H, para'. Se voce quer continuar com a nossa amizade, vamos sair eu, T e voce, e talvez eu leve um amigo. Tá bom?

Esse foi o final do meu problema. Ele não apareceu mais, nem telefonou.

Um dia, o G me disse que sabia que eu estava traindo ele com o H. Eu ria tanto, e disse que a tentativa dele de me flagar com o H não tinha dado certo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Coisas Que Eu Faço nos EUA Que Eu Jamais Faria no Brasil

    Aqui nos Estados Unidos as pessoas tem uma maneira muito diferente de pensar, cada um faz o que quer e quando quer. Eu me lembro de ouvir comentários no Brasil, a respeito de moda, comentários do tipo:
    - Nossa, ela esta usando uma blusa que se usou no inverno do ano passado.

    Ou ver todas as mulheres vestidas iguais com aquele modelito da novela das 8 que virou moda.
    Aqui, se segue a moda mas não da maneira que se segue no Brasil; quase escravizada pela moda. E isso, é um choque quando voce muda para cá e vê nos Malls (Shopping Centers) como o americano se veste. No começo é engraçado, mas depois de uns anos voce entra na mesma onda.
    Nas áreas mais ricas como Palm Beach (cidade vizinha a minha pobre cidade) a moda é classica e muito á vontade.
    Voce vê os milionários andando de bicicleta em jeans e camiseta, a qualquer hora do dia ou da noite, claro que o Donald Trump, meu amigo intimo!!!!! Esta sempre de terno e gravata (eu frequentava um cinema com meu amigo S, que cobrava só $1.50 a entrada durante a semana e passava um filme diferente para cada dia da semana, e várias vezes a limosine do Trump parava na porta e ele descia com os guarda-costas, comprava pipoca, dava tchauzinho para mim e assistia o filme feliz da vida. Numa entrevista, ele falou que depois de um dia de trabalho ele gosta de ter uma vida normal sem muito festa.)
    Enfim, por isso que eu resolvi hoje deixar de lado o ex, e falar de coisas que eu faço aqui vivendo no EUA que eu jamais faria no Brasil : “Não fica bem.”

  • Sair para tomar café de madrugada (isso eu fazia no Brasil, mas não.....) de pijama

  • Odiar Pizza ( a massa e' horrivel, o queijo e' horrivel, muito molho de tomate e não tem a variedade, qualidade e criatividade dos recheios que tem no Brasil. A unica excessão e' o CiCi Pizza que faz a massa fina, com pouco molho, bastante recheio e com variedade. Voce come quanto quizer por $5.00, e acredite se quizer a pizza de maçã é uma delicia de sobremesa)

  • Comer pizza sem usar garfo e faca (eles acham uma graça se voce come com garfo e faca)

  • Esquecer de fechar a porta de casa e voltar depois de horas e a porta está escancarada e ninguem entrou ou roubou nada

  • Parar no sinal e não me preocupar em fechar a janela do carro, pensando que eu posso ser assaltada (espero que continue assim)

  • Morrer de alegria quando alguem chama a policia, o corpo de bombeiros ou os paramedicos (eles são um colirio para os olhos)
  • Help !!!!!!


  • Ir na loja de material de construção ( Lowe's ou Home Depot) e ficar babando com as novidades

  • Reformar a minha própria casa e ficar feliz fazendo a reforma

  • Trabalhar de faxineira ou caixa no supermercado (quando voce chega aqui, voce topa qualquer negocio)

  • Cortar grama (e' otimo para se bronzear)

  • Usar cupom de disconto quando faço compras no supermercado (e mais raro ainda, ouvir a menina do caixa me perguntar se eu não tenho cupons quando eu esqueço de dar os cupons)

  • Andar só de carro

E quando ando pela rua...



  • Olhar um desconhecido nos olhos e dizer: Bom dia!

  • Ou num dia de sol..: - Hoje o dia está lindo, não?

E ninguem pensa que sou louca por sair falando bom dia para estranhos.

  • Brigar com os esquilos que vivem no jardim da minha casa, porque eles roubam os abacates da minha arvore, comem metade e deixam o caroço com a outra metade para mim.

E para terminar.....

  • Casar, Divorciar e continuar morando com o ex-marido
  • Ter um Blog onde eu passo horas escrevendo bobagens.


quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Minha Hora no Cabelereiro é Mais Importante que Voce

O G me ligou um dia durante a nossa separação e antes do divórcio. Dizendo que precisava urgentemente se encontrar comigo para conversar.
Era hora do almoço, e eu tinha hora marcada no cabelereiro as 2 hs da tarde.
Durante o periodo do nosso casamento, eu simplesmente parei de ir ao cabelereiro. O G cortava o meu cabelo, eu sempre usei o cabelo tipo Channel, então não muito dificil de acertar o corte.
Achei que ia ser uma conversa rápida, e que ele fossemos discutir alguns pontos da negociação do divórcio.
Nos encontramos no Ihop, que é a meio caminho do cabelereiro, mas ficamos no estacionamento conversando, fora do carro. Ele começou, contando um drama de que ele não tinha condições de arcar com as despesas da casa sózinho porque ele não estava trabalhando.... enfim ele, ele, ele o pobre coitado ELE.
Fui ficando furiosa com ELE, primeiro porque eu ganhava quase a metada por hora do que ele ganhava trabalhando. Ele tinha ficado em hoteis no periodo da separação e alegava que porque ele não tendo uma residencia fixa, ele não conseguia arrumar trabalho. Eu estava pagando (com o meu dinheiro suado) mensalmente o emprestimo da casa, e paguei por um mes a conta de luz e de telefone, mesmo depois que sai da casa para ele ficar na casa. Não queria pagar mas não tive outra saida, tive que pagar. Depois telefonei para as companias para cortar a luz e o telefone e ele ficou P da vida comigo.
Depois de uma meia hora ouvindo um homem saudavel, bonito, e preguiçoso choramingando, eu dei um basta e gritei (eu nunca grito, falo firme mas não grito):

- Chega de palhaçada (enough, you must be kidding me!). Eu tenho que ir embora.

Ele ficou surpreso com a minha reação ao drama dele: - Porque?

Eu - Eu tenho que ir.

Ele – Quem voce vai encontrar? Quem é ele?

Eu – Eu tenho que ir!!!!!!!!!

Ele – Quem é mais importante do que eu? Quem é mais importante do que essa conversa nossa?

Eu – Quem ou o que é mais importante? Tudo o que se refere a minha pessoa é mais importante. Eu vou ao cabelereiro, e isso é a coisa mais importante para mim agora, EU, EU, e EU. Voce não é nada!!!!! Acabou! Voce era importante, agora voce não é nada. Tchau.

E fui para o meu carro me sentindo poderosa, superior, e livre!!!!!!!!!!!!!
Ele ficou no estacionamento, me olhando, enquanto eu ia embora.
Naquela noite eu, com um corte de cabelo fabuloso dormi como um anjo. Ele passou a noite deixando mensagens ameaçadoras no meu telefone celular, que lógicamente eu desliguei antes de ir dormir.
Nos meses da separação, eu dormia bem, tomava sol todos os dias depois do trabalho, ganhei um bronzeado que eu não tinha hã muito tempo, emagreci, entrei em forma fazendo exercicios, estava saúdavel e feliz. Ele perdeu peso até o ponto que me perguntaram se ele tinha Aids. Adquiriu uma cor cinza na pele pela má alimentação. Não se barbeava, e acho que até banho ele não tomava.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Gente Nunca Esquece o Ex

A gente nunca esquece o ex- marido. Seja por que odeia, ou por continuar amando, ou no meu caso pelas boas memórias da vida em comum, 14 anos juntos, e uma frustração por não poder mudar a personalidade dele.
Ele continua sendo o meu melhor amigo. Eu continuo falando com ele tudo o que eu não teria coragem de falar para uma pessoa que não fosse ligada direta a mim pelo sangue.
Ele me conhece o suficiente para entender as minhas fraquezas e os meus receios, o que pode ser uma situação perigosa para mim, por que ele pode usar as minhas palavras como uma arma contra mim. Mas, ele não faz, e se abre da mesma forma comigo, reconhecendo os defeitos dele e o efeito que causa na minha vida, na dele e das pessoas em volta dele.
A relação do G com namorada me parece uma relação sólida que vai durar alguns anos, mas não para sempre.
O nascimento da criança mesmo não sendo dele, vai influenciar de maneira positiva a relação dos dois. Se vai durar para sempre? Eu sicenramente não acredito que dure. O temperamento dele vai quebrar a harmonia em algum ponto da relação, e com a criança talvez a M com um instinto de proteção se sinta ameaçada ao ponto de deixa-lo. Por outro lado, ela talvez fique com medo de enfrentar o mundo sózinha com uma criança e se acomode numa relação de submissão por parte dela.
Não sei. De qualquer forma, o que interessa para mim é sair dessa relação e seguir com a minha vida sem o G.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Liberdade Temporaria

O G foi trabalhar na costa oeste da Florida por 3 semanas!!!!!

Liberdade ainda que tardia (e temporaria).

Isso significa que eu:

  • Vou limpar a casa e a casa vai ficar limpa por 3 semanas
  • Vou fazer tudo o que é impossivel fazer com ele aqui
  • Ouvir a musica que eu gosto (todos as gravações antigas da Bethania)
  • Ler (sem ouvir ele me chamando: - “Honey dá para voce me ajudar!”)
  • Não ouvir ele falando pelos cotovelos no telefone com o pai, ás 4:30 da manhã (adoro o pai dele, mas odeio acordar com a voz do G falando, falando, falando .... sem parar)
  • Não ouvir as conversas dele com a Dondoca no telefone. Ela fala muito então ele fica tentando falar mas não consegue, e isso é o pior da conversa. “- Ah. Que legal! Deixe eu te contar: Eu fui....... Ah. Legal! Como eu dizia... Eu fui no...... Ah. Ok. Mas...... Eu.... fui........ Ah. Ha, Ha, Ha que engraçado.
  • Não ouvir a risada forçada dele que mostra que ele está de saco cheio (eu conheço essa risada, Dondoca ainda não conhece)
  • Dormir a hora que eu quizer e o quanto eu quizer
  • Estudar para o meu novo emprego (começo no dia 15 e é a 5ª. melhor companhia para se trabalhar nos EUA)
  • Tomar sol para parecer mais saudavel
  • Ser feliz !!!!!!!!!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Separação



Ontem, aconteceu o inesperado. M brigou com o G.

Tudo tinha voltado ao normal. Ela e o nene foram para a casa dos pais, o G foi busca-los no hospital, tudo estava bem.
Na minha visão do que aconteceu, ela deu um sinal de alerta para ele. Ela disse que ele está tentando controlar ela.
Ele tomou esse sinal de forma negativa, vendo a situação dele como namorado e pai postiço da criança; muito insegura. Resolveu que é melhor cair fora antes que seja muito tarde, antes de se apegar demais a criança.
Eu concordo que o melhor seria não se apegar á criança. Mas, é uma maneira muito segura de viver sem o risco de se machucar. Mas o que é a vida sem correr esse risco ?
Ela não quis ve-lo ontem, dizendo que ia sair com a mãe. Quando ele disse que ia encontra-las e depois leva-la para a casa dos pais, ela disse que não precisava dele para busca-la, ela tinha a mãe para isso.
O G deu e esta dando o sangue dele por essa relação. Fez tudo o que foi possivel para ajuda-la a combater o problema dela com drogas (financeiramente e pelo lado emocional), ajudou e acompanhou a gravidez como um pai dedicado e amoroso. Saia correndo do trabalho para ir com ela no médico e nas aulas para pais novatos. Foi um periodo super stressante para ele (emocional e financeiro).
Na minha opinão ela está sendo muito engrata, e o que é pior; usando o amor dele.
Ele me disse que é melhor assim. Vai continuar com o plano de trabalhar no norte, longe daqui, dela e do nene.
Se ela realmente ama o G, ela vai esperar pela volta dele, e lutar por ele. Não sei se ele vai querer voltar e passar pela incerteza novamente.
Ela é muito nova, e agora, com o nene para substituir o vicio da heroina e compensar a vida emocional dela talvez o G seja só um objeto de prazer que ela não nescessita mais.

Eu, estava curtindo a alegria dele com o nascimento da criança, e para ser sincera com inveja de que ele iria construir uma vida nova e ter uma familia dele.
Eu não tenho filhos, por minha própria opção, e hoje me arrependo dessa escolha que fiz.
Conhecendo ele, eu sei que ele está com o coração partido. Não está com raiva, não está respirando como quando ele está ansioso, está calmo, mas a feição dele mostra o desapontamento.
Nessa hora é que vejo o carinho que ainda tenho por ele. Eu não reagi com pulos de alegria, não dei uma risada dizendo – Eu sabia!!!.
Senti por ele, pelo coração partido dele e entendi o sofrimento dele.
Nós somos bons amigos.



quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Quero Te Apresentar Meu EX- MARIDO


A primeira vez que eu apresentei o G como meu EX-Marido, foi num domingo no meu trabalho.
Ele me ligou dizendo que ia trazer sandwiche para mim na hora do almoço (é ele é assim mesmo, carinhoso).
Ele veio, sentamos na garagem do hotel, e começamos a comer e jogar conversa fora.
Como aquela área é o fumodromo do hotel, alguns funcionários vieram fumar enquanto nós estavamos lá, ninguém que valesse a pena ser apresentado para o G. De repente G2 aparece. Deixe-me explicar quem é o G2.

Quando eu estava separada do G, e ele fazendo de tudo para infernizar a minha vida, eu ficava no fumodromo conversando com o David. David é um amigo que estava se separando na mesma ocasião que eu, e nas mesmas circunstancias em que eu me encontrava. Conversavamos muito, contando os dramas do dia um para o outro. Como não queriamos que ninguem soubesse dos detalhes sórdidos, nós conversavamos em espanhol. Mas o nome do G que é o mesmo do G2 saia igual. O G2, que fuma como louco, estava sempre ali escutando a conversa, mas não entendendo nada porque ele não fala espanhol.
Um dia, eu me toquei de que ele provavelmente pensava que eu e o David falavamos dele G2 o tempo todo.
Peguei ele de lado e expliquei o que estava acontecendo. Ele deu risada e a partir daquele momento minha tragédia começou a fazer parte da nossa conversa diária. Ele é um cara super legal (2 metros de altura, loiro, bonito, sexy, um homão e ............... gay). O G2 era Chef, cozinheiro chefe do hotel. Á partir do momento que ficamos amigos , sempre que discutiamos problemas de trabalho, ou eu pegando no pé dele por alguma razão, ele dizia: - Tá vendo, voce tem problemas com Gs, ela está se divorciando de mim também.
Era super engraçada a maneira como ele falava. E eu brincava com ele dizendo: - Ah! Desculpa, eu esqueci G, que homem com o nome G não dá para conversar de forma racional.
E assim fomos ficando amigos.
Quando o G2 apareceu na garagem do hotel, onde G e eu estavamos almoçando, G2 e eu trocamos olhares e ele sacou na hora que aquele era o famoso G.
G2 sentou, G olhou para ele com ciúmes (por que eu sempre falava do G2 para o G, contando coisas engraçadas que se passavam no trabalho. Mas nunca mencionei que ele era gay). Antes que G começasse a puxar assunto, eu falei:

- G2! esse é o G, MEU EX-MARIDO.

G que até esse momento estava confiante e relaxado, pronto para mostrar o melhor dele mesmo para o G2 (pensando que o G2 era alguém que eu estava interessada), ficou pálido, me olhou com uma cara de imterrogação e ficou mudo. Ele que é super falador, não conseguia falar nada. G2 começou a falar e ele não respondia estava em choque.
Alguém chegou chamando G2. Ficamos G e eu comendo em silencio. Alguns minutos depois ele disse: - EX ?
E eu disse: - E não é?

Nosso divórcio tinha sido oficializado há algumas semanas atraz.

Terminamos de comer em silencio. Algumas pessoas vieram conversaram comigo. O G, continuou calado.
Até hoje ele me apresenta para os amigos como a esposa dele. Para as amigas eu sou a EX.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Namorada, Nene, O que fazer?


Ontem o G me mostrou a foto do nene. Ele ficava me dizendo o quanto ela era perfeita e linda, e eu dizendo: - Claro, deve ser...... (pensando comigo mesma pai adotivo coruja).
Ele me mostrou a foto, e eu posso dizer agora: Ela e' linda e perfeita. Uma boneca.
Sinto muita pena por ela não ser filha dele, porque ele está tão carente e a paixão e dedicação dele para com a namorada (Dondoca) merecia ser paga com um nene legitimo.

Conheci os pais da M (Dondoca). Uma situação engraçada, porque eles tem a mesma idade que eu, mas eu sou a outra na vida da filha deles.
Deixei bem claro para eles, o quanto eu estou feliz com o nascimento do nene (eu tinha escrito um comentario carinhoso para a M no blog dela. Um comentário verdadeiro, eu não tenho raiva dela, não tenho o porque de ter raiva dela). E deixei bem claro que o G apesar dos defeitos e um cara de bom coração que vai se matar para ajudar os amigos e pessoas queridas. Mesmo comigo depois do divorcio, ele sempre está ao meu lado nas horas mais dificeis, e sempre me põe para cima nos momentos em que eu estou down.
Ele está questionando a situação dele com a M e o nene. Ele, não sendo o pai e não sendo o marido, não tem direitos na tomada de decisões. Ele quer mais tarde adotar o nene, mas não quer casar com ela. Ele sentiu isso na pele quando estava com eles no hospital. Ele deu a opinião dele mas a decisão final coube aos pais e a ela, e o que eles decidiram não foi o que o G sugeriu.
Ele se sentiu impotente e deprimido porque eles não levaram em consideração a opinião dele.

Com o temperamento dele, eu sei que a situação ficou feia no hospital. Eles proibiram a entrada dele lá. E até chamaram o departamento de Crianças e Familia (DCF) para falar com ele. Para quem mora nos EUA ou conhece o sistema americano, chamar o DCF não é bom. Eles são chamados quando uma criança está em alguma forma de perigo.
Tentei acalmar ele mostrando os dois lados da situação. Todos estão inseguros, e para eles o que os medicos dizem é lei. Não importa se para alguem de fora a situação parece errada, e parece que os medicos estão fazendo alguma coisa errada. Ela e os pais, a principio vão confiar nos medicos.
Geralmente eu consigo fazer com que ele se acalme e veja tudo com mais clareza (lógico que só quando eu não estou envolvida na situação, é que eu consigo acalma-lo).
O G está esgotado, voltou magro e abatido ( os pais disseram que ele quase não dormia). Fiz um super jantar para ele, e mandei ele dormir.
Eu sou assim, eu continuo cuidando dele como uma cadela magra que deita na porta da minha casa quando está com fome, e quando engorda vai embora dando para todos os cachorros da vizinhança.
Ele voltou a trabalhar hoje e tem planos de vender a casa e ir embora para o norte sozinho. Conheço ele, ele não vai mudar e não vai embora para o norte. Eu só espero que ele continue com o plano de vender a casa.

P.S.: O nene está bem. Era só uma assadura e um pouco de febre, mas eles continuam no hospital.