quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Depois da Tempestade

Eu não tenho atualizado porque tudo está de cabeça para baixo na minha vida.
O G. com a pesonalidade bipolar (não sei se é o termo exato em portugues) tem tido ataques de amizade intercalados com ataques de neurose e agressividade.
Ele acha que eu estou escondendo ou jogando fora coisas dele, com isso o quarto dele está sempre trancado. E desde que ele ouviu uma conversa intima minha com o R. Ele simplesmente não consegue controlar a raiva dele.
Na semana passada ele foi trabalhar em outra cidade e eu tive um pouco de sossego. Ele saiu sem falar comigo (brigado). Naquele mesmo dia me ligou 2 ou 3 vezes para contar sobre o pessoal que ele encontrou no trabalho. Como se nada tivesse acontecido, como se nunca tivessemos discutido, ele ficou me ligando depois do trabalho para contar como foi o dia dele. As vezes até na hora do break a tarde ele me ligasse. Minha cabeça entra em parafuso.
Na sexta-feira ele voltou e eu até preparei uma lazanha para ele. Quando chegou eu abri a porta e ele entrou nem sem falar oi. Foi na cozinha e depois direto para o quarto dele.
Eu respirei fundo umas 80 vezes, e fui preparar meu prato e jantei no quarto.
Minha pressão sanguinea sobe tanto que eu tenho um vidro de aspirina do lado da minha cama para esses momentos. Tomei 2, mas não estava adiantando.
Passado 1 hora depois que eu jantei, ele saiu do quarto dele e veio na porta do meu quarto e disse:
- a sala vai ficar bagunçada para sempre?
A bagunça que ele se referia, eram duas caixas medias com coisas minhas, que eu precisava mover para o meu quarto e elas estavam no meio de umas 20 caixas dele que ele precisa mover para o quarto dele.
Minha pressão foi para o espaço, eu fui para a sala e trouxe as caixas para o meu quarto, comecei a respirar fundo e fazendo tanto barulho quando respirava que ele saiu do quarto dele assustado pedindo para eu me acalmar. Mas, o problema é que eu não conseguia me acalmar, minha respiração foi ficando intensa e derepente eu senti minha garganta (por dentro) inchando e eu não conseguia respirar. Fiquei sufocando e ele não sei se não entendia ou fez que não entendia o que estava acontecendo gritando: - que foi....... se acalma....
E eu agarrando o lençol, fazendo gestos e provavelmente ficando roxa!!!!!!!, consegui me levantar e fui para a sala para chamar o 911. Mas no meio do caminho a garganta abriu e eu gritei: NÃO CONSIGO RESPIRAR!!!!!!!!
Isso foi a gota d´agua para mim. Ele pediu desculpas disse que estava cançado, etc, etc,etc Tudo é desculpa.
Eu bati a porta do banheiro na cara dele e entrei de roupa e tudo embaixo do chuveiro (a água morna me acalmou). Falei que nunca mais queria falar com ele.
No Sábado fui para a casa da A. E só voltei no domingo. Não nos falamos mais.
Na segunda-feira no final da tarde ele me ligou.
G – Oi tudo bem?
Eu – Tudo ok.
G – Dá para voce me fazer um favor. – com uma voz suave.
Eu – O que voce quer que eu te ajude?
G – É. Dá para voce procurar no Internet se tem uma biblioteca perto da onde eu estou? Voce tem algum problema com isso?
Eu – Tenho. Eu não vou te ajudar. – e desliguei o telefone.

Uma hora depois ele ligou novamente. Eu não atendi. Deixou uma mensagem me chamando de tudo quanto era nome, e dizendo que não queria passar o resto dos dias dele com alguem como eu, e que nos iamos por a casa a venda, estava tudo acabado.
Ele se esquece as vezes de que divorcio significa que voce não tem mais nada haver com o ex-marido. Que quando eu pedi o divorcio e o juiz me deu o divorcio, aquele papel, que ele se recusou a assinar, vale legalmente e me tira das obrigações de uma esposa. Eu não tenho que lavar a roupa suja dele. Eu não tenho que cozinhar para ele (ele adora se queixar para os amigos dizendo: ELA NEM COZINHA PARA MIM!!!!
Enfim, ligou mais 4 vezes, e sempre deixando a mesma mensagem.
Peguei o celular e liguei para a Christine uma corretora amiga da familia. Combinei dela ver a casa e dar uma base de preço (alias quando compramos ela foi a corretora que usamos).
Depois liguei para ele para falar que já havia contatado a Christine.
Ele ficou P da vida.
Fui dormir as 11 da noite. Meia noite e pouco eu acordo com o telefone tocando e a secretaria eletronica atendendo. Era ele enlouquecido. Para encurtar a historia ele ligou 7 vezes deixando mensagens do tipo eu vou fazer de tudo para voce ser deportada, como se eu estivesse ilegal aqui.
Na setima chamada eu atendi e disse para ele se acalmar e que eu ia desligar o telefone da tomada.
Eu já passei por isso durante o divorcio e não quero passar outra vez.
Não consegui dormir fiquei mal.
De manhã eu fui levar minha mae no medico, depois reservei um deposito e jã comecei a levar minhas coisas pessoais (livros, discos etc) para o deposito.
A noite desliguei o celular, e o telefone da casa eu tirei a campainha. E as 9 da noite eu desmaiei na cama.
Ele não ligou.
Hoje acordei as 3 da manhã com meu pensamento a mil por hora. Depois 2 cigarros e café, as 5 da manhã liguei para ele.
Ele atendeu calmo. Eu disse que estava ligando só para saber se ele estava bem. Ele disse que sim e pediu desculpas pela atitude dele. Eu disse que nõs sempre apoiamos um ao outro nos piores momentos e que esse é um desses momentos. Vamos conversar quando voce voltar, bla bla bla. Tchau tenha um bom dia. Desliguei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Puxa voce tem paciencia com ele.

Marta