terça-feira, 11 de novembro de 2008

Usando e Abusando Dele

Depois da conversa com o G, no domingo, sobre os meus problemas, veio a nossa conversa sobre os problemas dele.

A Dondoca passou o final de semana aqui em casa. A prisão domiciliar dela ainda não foi efetivada, então eles estão aproveitando esses últimos dias de liberdade juntos, não vou ser eu a chata que vai atrapalhar os dois pombinhos.

Estava um clima super relaxado. Ela até pediu para eu segurar a nenê (J) enquanto ela esfregava as fraldas (é, ela se recusa a usar fraldas descartáveis na J). Eu, lógico, que curti e quem não curti um bebê. No domingo ela pediu para o G ir com ela na Igreja. Eles foram, eu fui trabalhar e tudo parecia perfeito, todos felizes cada um na sua.
Na Igreja a J começou a chorar sem parar, aliás aqui em casa, ela estava chorando muito, e eu mencionei só para o G que não era certo ficar com ela no colo o tempo todo (até perguntei para a Dondoca se a J dormia no berço e a Dondoca com um sorriso timido disse que não). O G aqui em casa, deu uns gritos com a Dondoca dizendo que ela tinha que deixar a J deitada sózinha, mas a Dondoca ficou toda histérica como se ele estivesse dizendo para ela abandonar o nenê.
Bom, na igreja a coisa ficou fora de controle, não havia nada que fizesse a J parar de chorar. O G foi com a J para fora e a Dondoca seguiu ele. Alguém veio lá fora, e disse que eles não tinham que sair só por causa da nenê, a Dondoca queria voltar mas o G falou não, porque ele tem conciência de que na verdade um choro descontrolado de um bebê incomoda a paz de um culto.

Segundo o G a Dondoca ficou P da vida com ele, e começou a gritar dizendo que ele não era o pai da criança, que ele não tinha que dizer a ela o que fazer, e que o nenê é só dela!!! E pior do que isso, ela tinha acendido um cigarro e acabou queimando o G no braço com o cigarro, de proposito. Ele virou as costas e foi embora.
Quando ele me contou a história, eu fiquei furiosa. Tudo estava perfeito, ele se vira em dois para agrada-la e ela fica brincando com ele?
Abri minha boca, e falei de novo tudo o que pensava dela, não penso que é justo com ele usar a criança e os sentimentos dele dessa maneira.

Eu – “Toda vez que voces tiverem uma discussão ela vai jogar isso na sua cara”

G – “É! Eu sei.”

Eu – “ O que vai acontecer em alguns anos? Voce vai estar muito apegado a J e a Dondoca vai tomar decisões com a cabeça de minhoca dela e voce vai ficar calado? Ela vai fazer ameaças usando a criança. Voce tem que pensar em tudo isso.”

Ele me disse, que sentia que os pais dela estavam fazendo a cabeça da Dondoca para ficar contra ele. O G é assim, sempre tem uma força maior por traz das pessoas mudando a personalidade e influenciando, não é nunca culpa dele ou da pessoa.
Apaguei a luz, ele apagou a luz do quarto dele, ficamos quietos por alguns minutos.

Eu – “ Pense bem G, isso não é uma coisa temporária, é para o resto da sua vida. Voce me conhece, eu tenho os pés no chão, eu sou as vezes muito realista, voce tem que analizar essa situação com frieza. Boa noite, durma bem."

99,99999999.....% das vezes que eu dei minha opinião contraria a respeito das decisões que ele estava tomando, eu estava certa. Ele saiu machucado da situação? SIM.
Eu nunca falo nada como: Eu ti falei, voce não me escutou.
Ele 99,9999999.....% vem e me fala: “Puxa voce me falou e eu não te escutei.”

Ele foi trabalhar em Miami e ficou lá a semana toda. Me ligou 2 ou 3 vezes por dia. Na quinta-feira perguntei o que ele ia fazer no fim de semana, e ele me disse que ia pegar a Dondoca e passar o final de semana com ela.

Eu – “ Ah! Então ela te ligou?

G – "É ligou (ele meio sem jeito)."

Eu – "E está tudo bem?"

G – "É, está tudo bem."

Eu – "ELA TE PEDIU DESCULPAS."

G – "Hum..... não."

Eu – "Uau!........ Ela ........não ........ pediu ......... desculpas. Bom, voce sabe o que faz. Te vejo amanhã depois do trabalho. Tchau."

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